30 de junho de 2016

O Diabo é o Pai do Rock?




“O Diabo é o pai do Rock!
  Enquanto Freud explica as coisas
  O Diabo fica dando os toques…”

    (Raul Seixas)  

O Diabo é o Pai do Rock?
Não tenho dúvidas disso.
Satan, Belzebu, Satanás, ou se preferirem,  no sincretismo pseudo–religioso-pagão-neocristão,  Lúcifer ou mesmo Baphometh (oh my Lord!!).

O Diabo não é somente o pai do Rock!
É o Pai, a Mãe, o Avô  e o inspirador de tudo o que é revolucionário, anárquico, vanguardista, criativo, chocante, surpreendente, libertário e que vai contra os padrões e as regras vigentes de um tempo ou mesmo de uma vida inteira.
É o representante natural e receptáculo de tudo o que é inicialmente rejeitado, por ser demais incomum e confrontador, mas que depois é visto como genial.

Bem diferente do comodismo e conformismo pregado pelo Cristianismo, que é patriarcal, serviçal aos sistemas, aos ricos, restritor de liberdades, repressor, castrador e essencialmente puritano.
Não estou falando mal do Cristo: o Cristianismo, essa "religião" fundada três séculos após a crucificação de Jesus, não o representa.
Repleta de dogmas, alimenta fraudes, riquezas espúrias, é segregadora, egoísta, falsa, retrógrada, anti-humanista e tem sido protagonista de muitos enganos, mentiras, mortes, roubos e principalmente, prisões existenciais de milhões de pessoas ao longo da História.
Tudo ao contrário do que o próprio Jesus pregou!!!


Já o Diabo, quando bem utilizado dentro de nossas instâncias psíquicas, é o portador das chaves dos grilhões dos sistemas, é o pai de toda a Arte realmente provocativa.
Redundância. Arte tem que ser provocativa!

O Diabo é sim o Pai do Rock, mas é também o pai do Heavy Metal, do Blues, da Música Dodecafônica, da Música Atonal, do Jazz, da Música Experimental.
Graças ao Diabo, temos Jimmy Page, Jimi Hendrix, Janis Joplin,  Keith Emerson, Ian Anderson, John Lord, Rick Wakeman, Raul Seixas, Led Zeppelin, Black Sabbath, Judas Priest! 
E os Rolling Stones!!!
E Angus Young? É o próprio encarnado! 
Temos todas as bandas de Heavy Metal e Rock do mundo graças ao Demônio, exceto aquelas maldições chamadas White Metal ou Gospel Metal, que tentam um lugar no Supremo e Seletivo  Inferno, lugar  que,  definitivamente, não lhes pertence.

Satanás inspirou muitos gênios:  Frank Zappa,  Hermeto Pascoal, Arnold Schoenberg, Aaron Copland, Igor Stravisnky, Miles Davis, Thelonious Monk.

Também é responsável por entrar na cabeça e por os acordes demolidores de Sergei Rachmanoniff e ter conduzido as mãos de Nicolo Paganini.
Foi o Diabo quem criou a dissonância, a síncope e o trítono. 
Thanks to Hell!!!

No campo da Literatura, cochichou serenamente  versos nos ouvidos de Oscar Wilde, Fernando Pessoa, Walt Whitman, Charles Baudelaire, William Blake, Jack Kerouac, Arthur Rimbaud e Augusto dos Anjos.
Moveu os pincéis de Leonardo da Vinci, Francisco de Goya, Van Gogh, Toulousse Lautrec, Edvard Munch, Pablo Picasso,  Frida Kahlo, Salvador Dali e do infernal William Blake.

Devemos ao Diabo  a irreverência de Gabrielle Coco Chanel, que pôs as mulheres a usarem calças, cigarros  e sapatos masculinos.

Manuseou as câmeras ao lado de Roman Polanski, Stanley Kubrick, Federico Fellini e Lars Von Trier.

Ensinou seus segredos a  Aliester Crowley,  Dion Fortune, Carl Jung, Sigmund Freud e a todos os Ocultistas e estudiosos da mente humana durante os últimos  séculos.
Ensinou toda a Alquimia. A Magia. 

Criou o Tarot, o absinto francês, os cigarros cubanos, o Teorema de Fermat e a Estenografia (Sim. Ele também criou o impossível).

E assim, é por essas e outras que prefiro a irreverência do Inferno,  com seus gênios excêntricos, loucos e maravilhosos que à chatice do insosso e enfadonho Paraíso.
E chega desses sites proto-religiosos, cheios de teorias da conspiração, que perdem tempo escrevendo páginas e páginas, tentando provar que o Diabo é o Pai do Rock.
É o Pai mesmo e acabou.
E viva o Diabo!!!!

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